quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fique a conhecer o bilhete de identidade do porco bísaro

Nas terras nortenhas de Portugal cria-se o porco bísaro refere José Miranda do Vale em Gado Bissulco (Suíno, Bovino, Aretino, Caprino). Livraria Sá da Costa, 1949. Na classificação de Sanson os bísaros são designados por Sus celticus, enquanto Cornevin lhes chamou Sus scrofa macrotis.

A generalidade dos tratados aludem à origem céltica da raça bisara, localizando o seu território a norte do rio Tejo, realçando o facto de ter escapado e conservado a sua pureza um reduzido número de bísaros, já que a maioria foi objecto de numerosos cruzamentos especialmente com as raças Berkshire e Yorkshire. Os exemplares puros estão na origem da revitalização da raça que está em curso.


A história das origens do porco e sua irradiação pelo Mundo diz-nos do respeito que os celtas tinham por ele rendendo-lhe culto a preceito. O mito celta da princesa Goleuddydd, progenitora de Culhwch, significando o seu nome barriga ou refúgio do porco. A centralidade desse mito reside no facto de Goleuddydd, paria numa pocilga, ou seja ela é uma porca-mãe, a porca Deusa, e Culhwch é o leitão. Ora, os celtas invadiram a Península vindos da Gália e uniram aos ibéricos, redundando nos celtiberos. Não causa espanto se dissermos que com eles trouxeram crenças, hábitos e modo de vida e, trouxeram o porco já na qualidade de animal doméstico, o que não terá constituído surpresa para os agricultores da Península, pois também o conheciam nessa mesma qualidade. Daí a classificação científica a referenciar a origem celta Sus celticus.

Fique a saber mais sobre este belo animal, no Museu virtual a ele dedicado: www.museudobisaro.org

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